Sementes de Outros Estados Fortalecem o Trigo Gaúcho das Intempéries Climáticas

O trigo vem se consolidando como uma alternativa estratégica para aumentar a rentabilidade das propriedades agrícolas no Rio Grande do Sul. Desde a safra de 2015, o uso de sementes certificadas se mantém acima de 60%, reflexo dos avanços do melhoramento genético, que têm entregado cultivares de alta produtividade e qualidade industrial. Esse salto tecnológico tem garantido maior retorno econômico e mais sustentabilidade aos triticultores.

No entanto, o clima tem sido um dos principais desafios para a cadeia produtiva do trigo. A quebra na safra 2023/2023, causada pelas adversidades climáticas, obrigou o estado a buscar reforço em outros estados, sendo que 15% das sementes utilizadas na safra de 2024 vieram de fora do estado gaúcho. Esse cenário também impactou os custos de produção, tanto para a semente quanto para o grão, elevando o investimento necessário para o cultivo.

O momento é de incerteza para o agricultor, que, diante das adversidades climáticas ​​da safra de verão, precisa definir com cautela em quais culturas investir no inverno. O trigo, no entanto, desponta como uma aposta atrativa, impulsionada por cultivares mais produtivas, de alta qualidade industrial e com maior tolerância a doenças — fruto de anos de aprimoramento genético. A busca por cultivares mais precoces, que pode ser vista no gráfico, também tem ganhado força, permitindo o escalonamento da produção, a rotação eficiente com soja e milho e um melhor aproveitamento das janelas de cultivo.

Mais do que uma cultura de inverno, o trigo é uma ferramenta estratégica para garantir estabilidade e retorno econômico nas propriedades rurais. A diversificação com trigo na rotação de culturas fortalece a saúde do solo, melhora o controle de pragas e doenças e garante maior segurança na tomada de decisão. Diante dos desafios climáticos e de mercado, o trigo segue como um pilar essencial para a sustentabilidade e o sucesso do produtor gaúcho.

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